terça-feira, 5 de janeiro de 2016

INÍCIO DE 2016








Uma coisa que é sempre igual é a pergunta
“como foram essas entradas?”
Há excepção dos calhandreiros, ninguém está interessado na resposta (como tantas outras perguntas de retórica) e obriga-nos a dar a mesma resposta dezenas de vezes na primeira semana do ano.

Para não se tornar tão monótono, eu costumo dar respostas diferentes, mediante a consideração que tenho pela pessoa em causa.
A relação é directa, quanto mais consideração tenho, mais verdadeira é a minha resposta!

Por exemplo, se for o meu patrão a perguntar, eu respondo:
“foi em casa a ver a “casa dos segredos” com uma caneca de leite e torradas”
Como não tenho consideração nenhuma por ele, não inclui verdade nenhuma na minha descrição, e ainda aproveitei para fazer o papel de coitadinho sem dinheiro!

Se aquela colega de trabalho que gosta de se meter na vida de toda a gente:
“foi no num clube de swing, muito bom! Muito bom!”

Ou se for aquele amigo que nem é assim tão amigo e tenho alguma inveja dele:
“foi numa festa de praia no Brasil, todos de branco transparente, espectacular!”

Já estão a perceber a ideia?

De facto não sou grande pessoa, pelo contrário, sou uma péssima pessoa… não tenho compaixão, não aceito recomeços passando uma borracha no ano anterior, minto descaradamente às pessoas…

                Agora, toda a gente me cumprimenta da seguinte forma…
                - Bom dia e bom ano!

                Como sou um bocado ranhoso, a alguns só respondo
                -Bom dia!
                E mesmo assim, já é com alguma hipocrisia…
                De qualquer forma já é dia 5 e esta merda não pára!
               
                Qual é o limite, ou até que data é que podemos desejar um bom ano?
                Por exemplo, encontro uma pessoa que já não vejo há anos e desejo-lhe um bom ano?
                Mesmo que estejamos em pleno Agosto? Ou posso já para com esta merda?

                Forma simples!
Bom ano…

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