terça-feira, 22 de abril de 2014

25 DE ABRIL






Como na escola é mais importante saber quem foi o anão francês que queria conquistar o mundo, ou saber quem foi o romano que teve mais orgias, não tive a oportunidade de ver leccionada esta época da história portuguesa (não sei se já o fazem…).

                De qualquer modo, faço aqui uma revisão dessa sangrenta, árdua e longa guerra civil que há hora de almoço já estava despachada para poderem ir descansados para a bucha.

                25 de Abril de 1974, são 22:55 horas ou 24h do dia 24 de Abril de 1974, passa na rádio a primeira senha ao jeito das pancadas de Moulier… foi “Depois do Adeus”!
                E assim dissemos adeus à estabilidade económica do país, mas por outro lado começou a chegar algum dinheiro ao bolso dos portugueses…
                Dissemos adeus à baixa criminalidade mas começou a haver liberdade de expressão.
                Dissemos adeus à hegemonia do slb, mas começaram outras equipas a ganhar…
                Dissemos adeus à PIDE e dissemos “olá” às FP-25 de Abril…

                Às 00:20 do dia 24 de Abril de 1974 passou a segunda senha “Grândola Vila Morena”…
                Para os mais novos compreenderem melhor… foi a abertura da pista de dança com fumos e tudo! Só faltaram as bailarinas semi-nuas!

                Na Escola Prática de Santarém já se fazia os preparativos para a passeata até ao Terreiro do Paço em Lisboa.
               
                Voltando à história, os sargentos e o seu comboio militar, disse adeus ao quartel de Santarém e puseram-se a caminho de Lisboa onde tinham à espera ½ dúzia de blindados a bloquear a passagem, ao invés de desatarem aos tiros, entraram em conversações:

                -ehh pá, deixem a malta passar!
                -não podemos, vocês querem fazer mal ao velho e sabem que maltratar idosos é mau!
                -prometemos que não lhe fazemos mal, ainda escolhemos um lar porreiro e que seja legal!
                -E as visitas?
                -Vamos visitá-lo de três em três meses…
                -Assim não, tem de ser todas as semanas!
                -Que exagero, uma vez por mês?
                -Acho que sim… acho que é aceitável! passem lá!

                De seguida mandaram uns tiros contra as paredes e janelas e tiraram o velho da cadeira!

                Feita a revolução, enquanto já estava o Álvaro Cunhal a dar uma entrevista a garantir o seu regresso e dar os parabéns aos comunistas pela revolução, também já estava o Mário Soares a entrar num avião para regressar para a mama (a qual ainda não largou…), foi então que os militares passaram por uma vendedora de flores que simpatizou com um cabo e lhe enfiou um cravo no cano da arma, ao mesmo tempo que lhe piscava o olho…
                O cabo, que não premia pela inteligência, pensou que aquilo era um sinal de paz, quando o que ela queria era que ele lhe fizesse o mesmo que ela tinha feito ao cano da arma… espetar-lhe com uma flor!
                “Companhia, venham cá por cravos nas armas!”

                E a florista foi a primeira a ser fodida depois do 25 de Abril, o cabo não lhe saltou para a espinha e ainda viu as flores todas a serem nacionalizadas!

                Ainda bem que a primeira ideia que ela teve não foi à vante! Pois assim que ela pôs os olhos naquele militar pensou pôr-lhe um preservativo no cano da arma, mas como não tinha ali nenhum, pôs o cravo…

                Isto não ia ser um grande símbolo para a revolução….
(este texto não poderá servir para copy/paste de algum trabalho de escola ou comprovação de factos numa discussão estupido de energúmenos incultos)



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