Desde sempre existiram símbolos,
a questão é a razão da sua existência!
São
rótulos? Imagens de marca?
Talvez,
mas se os colocarmos nas épocas em que foram criados talvez tenhamos outra
ideia.
Imaginem-se
em 1960, a viver sob uma ditadura onde o nacionalismo era levado ao seu
extremo, onde as opções eram meras ilusões (não é que hoje sejam mais que
isso).
Portugal é o país dos 3 F’s ,
Fado, Fátima e Futebol (hoje é Falidos, Fodidos e Fanfarrões) , era uma
excelente forma de gerir um povo católico, sem cultura, com fome e oprimido.
Posto isto, vejo a Amália e o
Eusébio como a cruz suástica na Alemanha.
Tínhamos a Amália a representar
as mulheres e o fado, o Eusébio a representar as ex-colónias e o futebol!
É razão para qualquer um deles ir
para o Panteão, onde estão os pais da nação? Não me parece, mas assim sempre
vão fazer excursões até lá ao invés de o fazerem até à Assembleia da Republica!
É bom que comecem a fazer obras
de alargamento, pois o Figo, o Eusébio, o Pinto da Costa, a Rosa Mota, o Carlos
Lopes, a Marisa, Vitor Gaspar, Durão Barroso, Mário Soares e outros também
deverão ir para lá!
Pelos títulos ganhos, pelo
sucesso além-fronteiras e pelo reconhecimento trazido ao país estão ao nível ou
são superiores ao Eusébio e à Amália!
Haaa e tal, o Eusébio foi o
melhor de sempre… Não foi tão melhor que o Peyroteu e fica a anos-luz do CR…
Mas tudo bem!
Já lá temos um comunista que
renunciou a pátria, porque não pôr lá um moçambicano que só sabia dizer
“benfica” e “uiski”?
O Panteão vai passar a ser um
local de peregrinação lampiónica paga por todos, mas como também já pagámos o
Futre, pagámos as transmissões que não foram feitas, pagámos o estádio e o
centro de estágio… porque não pagar desta vez também?
Voltando à comparação salazarista
que fiz entre o Eusébio e a cruz suástica, pode não ser assim tão grave como
pode parecer… A cruz suástica já existia antes do Hitler, os nazis é que lhe
deram essa conotação, assim como a máquina publicitária dos lampiões também
existiria mesmo sem o Eusébio!
Em entrevista ao António Manuel
Ribeiro ( UHF ), ele disse:
“O meu pai ensinou-me a ser
benfiquista”
E voltamos à ilusão da escolha e
compreendemos como são tantos!!!
Afinal, ser benfiquista é
hereditário como as hemorróidas!
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