quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

SIMBOLOS






Desde sempre existiram símbolos, a questão é a razão da sua existência!
                São rótulos? Imagens de marca?
                Talvez, mas se os colocarmos nas épocas em que foram criados talvez tenhamos outra ideia.

                Imaginem-se em 1960, a viver sob uma ditadura onde o nacionalismo era levado ao seu extremo, onde as opções eram meras ilusões (não é que hoje sejam mais que isso).
Portugal é o país dos 3 F’s , Fado, Fátima e Futebol (hoje é Falidos, Fodidos e Fanfarrões) , era uma excelente forma de gerir um povo católico, sem cultura, com fome e oprimido.
Posto isto, vejo a Amália e o Eusébio como a cruz suástica na Alemanha.
Tínhamos a Amália a representar as mulheres e o fado, o Eusébio a representar as ex-colónias e o futebol!
É razão para qualquer um deles ir para o Panteão, onde estão os pais da nação? Não me parece, mas assim sempre vão fazer excursões até lá ao invés de o fazerem até à Assembleia da Republica!

É bom que comecem a fazer obras de alargamento, pois o Figo, o Eusébio, o Pinto da Costa, a Rosa Mota, o Carlos Lopes, a Marisa, Vitor Gaspar, Durão Barroso, Mário Soares e outros também deverão ir para lá!
Pelos títulos ganhos, pelo sucesso além-fronteiras e pelo reconhecimento trazido ao país estão ao nível ou são superiores ao Eusébio e à Amália!

Haaa e tal, o Eusébio foi o melhor de sempre… Não foi tão melhor que o Peyroteu e fica a anos-luz do CR… Mas tudo bem!

Já lá temos um comunista que renunciou a pátria, porque não pôr lá um moçambicano que só sabia dizer “benfica” e “uiski”?

O Panteão vai passar a ser um local de peregrinação lampiónica paga por todos, mas como também já pagámos o Futre, pagámos as transmissões que não foram feitas, pagámos o estádio e o centro de estágio… porque não pagar desta vez também?

Voltando à comparação salazarista que fiz entre o Eusébio e a cruz suástica, pode não ser assim tão grave como pode parecer… A cruz suástica já existia antes do Hitler, os nazis é que lhe deram essa conotação, assim como a máquina publicitária dos lampiões também existiria mesmo sem o Eusébio!

Em entrevista ao António Manuel Ribeiro ( UHF ), ele disse:
“O meu pai ensinou-me a ser benfiquista”

E voltamos à ilusão da escolha e compreendemos como são tantos!!!
Afinal, ser benfiquista é hereditário como as hemorróidas!   

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