O romantismo é como uma bebedeira… só se apercebem das
figuras tristes quem está de fora!
Portanto
a expressão “bêbedo de amor” é correctíssima, só por dizer que a ressaca é mais
longa, dolorosa e cara!
Mas não
é sobre isso que quero falar… no meio desse amor todo e romantismo a imaginação
começa a escassear e vai-se, inevitavelmente, parar aos “clichés” como o banho
de emersão romântico com espuma e tudo!
No dia
seguinte, ainda a pairar nas nuvens, anda ela toda feliz da vida com um sorriso
parvo na cara quando encontra a melhor amiga e lhe conta o sobre o banho
maravilhoso e encantador que teve no dia anterior com a sua cara-metade e mais
que tudo o namorado e homem da sua vida… ok, a falta de vírgulas é propositada,
podem respirar agora… sabem que no amor até nos falta o ar, principalmente
porque nos esquecemos de respirar!
Despois
ficam as duas com cara de parvas e um sorriso estupido nos lábios… uma a
recordar o banho e a outra a imaginar-se com o namorado da amiga…
Enquanto
isso está o namorado do outro lado da cidade a encontrar-se com uns amigos num
bar…
- É pá.. .tás todo torto!
- Nem me digas nada! Estou com uma puta de uma dor de costas
que nem me aguento!
- Então?
- A doida da minha namorada quis ir tomar banho comigo…
- E é mau?
- Espera… Claro que ela se esparrameirou toda na banheira,
bem encostadinha e confortável, eu tive de ficar do lado das torneiras com
aquelas cabras a espetarem-me as costas…
Enquanto ela dizia, “Ai que bom…”
, “que maravilha, temos de fazer isto mais vezes…” , e eu a tentar não ficar
marreco para o resto da vida…
Depois, quando eu já estava mais
ou menos deitado a desviar-me das torneiras, começa ela a queixar-se… “ai tanta
água, despeja aí um bocadinho”, com algum esforço faço subir o ralo que
automaticamente se enfia no meu cu, fujo com o cu dali e espeto outra vez com
as costas nas torneiras…
Não me
contive e saiu-me “foda-se” alto e bom som…
“credo!!
que falta de romantismo que tu tens!! deixa estar que eu vou para esse lado!”
disse ela, pensei logo que finalmente ia relaxar do outro lado da banheira…
Após
uma troca perigosa e cuidadosa lá vou eu para o outro lado, deito-me e vejo que
ela também está em guerra aberta com as torneiras, mas sem dar parte de fraca:
“já não há ambiente, vou-me lavar!”
Então
começa a despejar a banheira e a tomar banho de duche…
A
paisagem até era agradável mas depressa se transforma em tortura com os
salpicos frios a caírem-me em cima, protejo-me com a cortina de plástico mas
claro está, fiquei tudo menos confortável, pois entretanto a água desceu e
comecei a ficar com um frio do caralho!!!
E
então? Agora pergunto-vos, é mau?
- De facto, é uma cena lixada!!
E assim
foi um dos banhos românticos que tive…
A certa
altura morei numa casa que tinha uma caldeira tipo depósito e que quando a água
quente acabava, ela voltava a encher e ainda demorava um pouco a aquecer
novamente a água…
Estava
eu a entrar no duche para relaxar de um dia complicado quando começo a ver um
vulto a dirigir-se para mim… era ela!
“posso tomar banho contigo?”
E já lá
estava dentro… Faz umas festas nas costas, abraça-me, rodamos e ela passa para
baixo do chuveiro, começa a tomar banho, enquanto estou ali a tremer de frio e
a olhar para o descaramento em pessoa…
“Já tomei banho… não te demores!”
Não
demoro uma poucaxinha… Começo finalmente a tomar banho assim como também
descubro que a água quente tinha acabado!
Mais um
banho romântico… eu mereço!!!!
Ahahahahh!!! Vá, confessa!!! Passados dois anos, já tiveste banhos conjuntos melhores do que esses... :P
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