sexta-feira, 15 de março de 2013

DIREITO À GREVE



   


Tenho 19 anos de descontos e nunca fiz greve, talvez seja explicado pelo facto de nunca ter tido o estado como patrão.

    Pensando melhor... fiz greve quando andava na escola, mas não dei prejuízos a ninguém a não ser a mim pelas aulas que faltei.

    Posso atirar para o ar um numero de 95% das greves serem apenas na função publica, mesmo quando têm o nome de greve geral... porque será? por ser o sector de maior produtividade não é certamente pois quase ninguém gera riqueza... são quase exclusivamente prestadores de serviços.

    Posso também garantir que é o sector que maior prejuízo dá à entidade patronal, são os que têm mais dias de férias, mais subsídios para tudo e mais alguma coisa, mais regalias na área da saúde e não só.

    Por exemplo o sector dos transportes já fez quantas greves este ano??? quem indemniza os utentes que pagam passes e não usufruem deles??? sendo o sector que gera maior prejuízo, que direito terão à greve?

    E no fim quem paga isto tudo? é o sector privado e aqueles que trabalham todos os dias, os que mais descontam, os que têm menos regalias e dias de férias, os que pagam consultas e medicamentos, os que não têm direito a subsídios por mandarem um peido!

    Nos tempos que correm e de forma a sanar as contas públicas não seria de limitar (para não dizer proibir) as greves no mesmo sector a 1 por ano?
    Será que não podem ir para uma mesa de conversação sem fazer greve?
    E as datas escolhidas? em vésperas de fim-de-semana, feriados ou logo após os mesmos... o interesse é mesmo reivindicar direitos ou aumentar os 30 dias de férias que já têm?

    Façam como os movimentos espontâneos que têm aparecido!!! façam greves ao sábado e ao domingo!

os portugueses estão fartos de andar a pagar a boa vida da função pública!
já chega!

    Como é que chegámos a este ponto?
    Foram 39 anos (desde o 25 de Abril) a comprar os votos da função pública!
    E mesmo os que não passaram pelo governo (PCP e BE) não se descartem, pois criticam as politicas governativas, a precariedade, o esbanjamento, mas quando aparece uma proposta de lei à assembleia a propor a redução de regalias da própria assembleia, são os primeiros a votar contra!! então??? a pimenta no cu dos outros é fresco??? temos de reduzir nas despesas desde que sejam nas despesas alheias??? se os governos não têm prestado, as oposições também não têm feito nada de jeito!

   Dos 100% da população portuguesa, tiramos os jovens, estudantes, desempregados, reformados, deficientes e função pública e ficamos com o quê? 30 e tal % de activos a gerar riqueza no privado e a pagar isto tudo?

   Quanto às razões para apresentação de greve:

- Greve por processos disciplinares impostos a colegas
(não há tribunais de trabalho? nem trâmites legais para essas situações?)

- Greve contra decisões da administração ou contra privatizações
(mas eles também têm quota na empresa? o que é que eles têm a ver com isso?)

- Greve contra cortes de regalias e salários
(e os 39 anos que andaram a beneficiar em relação a tudo e todos?)

   Sabem que para um empregado público que ganhe 1500€, mesmo com os cortes e reduções de ordenado, chegam ao fim do mês e levam mais dinheiro para casa que um privado que ganhe os mesmos 1500€?

   E temos de levar com isto tudo e calar!
   Até quando?

7 comentários:

  1. Sr.cerebro perturbado, gostava de saber que contas fez, nas minhas com o salário de 1500 € o funcionário público recebe menos.
    Quanto às greves, são um direito e o único limite que pode ser imposto são os serviços mínimos.
    Confesso que as greves na CP pelo exagero me mexem com o sistema, por isso peguei no acordo da empresa, nas reclamações dos grevistas e fiquei a perceber...
    É impressionante a quantidade de subsídios que recebem. Quando se chegam a receber subsídio por ir trabalhar...
    Reclamarem dos familiares passarem a pagar as viagens, para mim é um absurdo. É o mesmo que os familiares do médico não quererem pagar taxas moderadoras.
    Reclamarem da substituição de subsídio de alimentação por cartão refeição, que apenas terá impacto do lado da empresa, já que não paga a tributação que agora será devida...
    Para mim é absurdo atrás de absurdo.

    A CP está sempre en greve porque excepcionalmente recebem o mesmo que se estivessem a trabalhar, pelo que pesquisei isto não é só uma excepção a nível nacional, internacionalmente encontrei so mais dois casos.


    Nota: não fui nem sou funcionária pública. Nunca fiz uma greve, nem nos tempos de escola.

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    1. Baseei-me num reportagem e simulação feita na SIC , em que a principal diferença é o desconto da TSU para o desconto da ADSE.
      Já nem faço de subsídios de alimentação e outros que existem, de mais valias e benesses que existem sem fundamento.
      Quanto ao direitos existentes, não os discuto... são o que são e valem o que valem, mas desde que existam é claro que devem ser cumpridos. Se acho que deveria ser feita alguma coisa para alterar este comportamento? acho!
      Conversa com um amigo meu que é professor:

      - Se não estás satisfeito muda de patrão!
      - Isso é para ti que estás no privado!
      - Sim, já mudei algumas vezes, mas tu não mudas porquê?
      Se é assim tão mau o publico... vai para o privado, vai dar formação ou vai para um colégio privado,
      já para não falar nas explicações que dás em casa e não passas recibo!

      depois começamos a falar de futebol!

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  2. Para um salário de 1500 euros, no privado recebem 14 meses, no publico 13, o imposto retido é calculado da mesma forma, tal como o extraordinário, enquanto os funcionários públicos descontam 11% para a CGA e 1,5% para ADSE os trabalhadores do privado descontam 11% para a segurança social.

    A diferença é quanto ao que recebem em situações como baixa, etc...

    Será que se referiam a vencimentos diferentes para publico e privado, mas algo como isto:
    http://static.publico.pt/docs/Economia/RelatorioSEAP.pdf

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    1. essa análise é muito superficial, mas também não estou aqui para a aprofundar para que não fique já mal disposto.
      de facto, à primeira vista até parece que a função publica recebe menos, mas se formos para os subsídios (como já disse) a coisa muda de figura.
      Estive a ver esse relatório (completamente desnecessário, feito por mais uns quantos que andam a viver à conta) e não há comparação possível, desde benefícios recebidos a produtividade de cada sector...
      Mas espanta-me que num país de 10 milhões, necessitemos de 580 mil funcionários públicos!
      Não faz mal... eu pago! pago isso, pago a saúde dos sector publico em clínicas privadas, pago os medicamentos,
      pago os transportes e educação dos familiares, pago todos os subsídios que têm, pago tudo... não se incomodem!
      tenho de deixar de falar nisto senão ainda me aparece uma ulcera, tenho de ir para o posto médico e perder o dia de trabalho que não vou receber, ainda vou ter de pagar tudo o que me aparecer e vai ser tudo prejuízo...
      E sexo? falemos de sexo!!

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  3. Pagamos.

    Essa é novidade para mim, não sabia que lhes pagavam para sexo?!??


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    1. estava só a querer mudar de assunto... mas na realidade pagamos!
      quem é que paga ao Victor Gaspar? nós!
      e ele não tem feito outra coisa se não violar-me!

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